quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Menina-galhuda



Para quebrar o galho ou muitos galhos, chame: menina-galhuda!

Menina chorona

Menina tristonha de uma lagrima só
Pocinha de baixo dos pés
Choro quietinho no cantinho quentinho
Menina chorona de tanto choramingar não conseguiu mais falar

Bobona essa menina tristonha, chorou tanto que virou mar.


quinta-feira, 5 de novembro de 2009

O rancho


O rancho tem rio, tem grama, tem casa e tem gente
O rancho tem pato, tem pata, tem patinhos que seguem em fila sempre em frente
No rancho da pra morar, nadar e pescar

O rancho não é brejo, mas tem sapo em todo lugar
O rancho manso que já foi fundo, às vezes mudo agora canta como o sabiá
No rancho dá pra brincar e aprender a dar estrela sem se machucar.

O rancho dos sonhos calmos eu conheci
O rancho que eu conheci era assim: maior que tudo que eu já vi
No rancho o céu não tem fim, era assim, tão bonito, que desejei ficar sempre ali.
Desenho: Rancho da Lili

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Pantufas volta já!


Logo volto, logo mais!

Vou logo para contar mais!

Quero céu claro sobre a minha cabeça, quero ver os meus amigos com a minha luneta.

Logo volto com mais cor para contar e com mais leveza para voar.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

A Macaca Josefa

A macaca Josefa nunca foi a mais bonita do grupo
A macaca Josefa nunca foi rápida, muito menos atleta
A macaca Josefa era uma preguiçosa e dorminhoca
A macaca Josefa era boa em tirar uma soneca a tarde depois do almoço.
A macaquinha era muito boazinha, mas não largava mão da sua sonequinha! O mundo podia acabar, mas Josefa não saia do lugar.
Nunca existiu uma macaca como aquela. Josefa dormia em qualquer lugar!

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Da onde vem as borboletas?



As borboletas acordaram dentro de mim!
Com suas pequenas asinhas que batem aceleradas, as borboletas coloridas sorriram e me deram bom dia!
A borboleta amarela, a minha predileta*, se esconde no miolo das margaridas. As borboletas de outras cores pintam o céu como um fino pincel.
Da onde vem essas lindas borboletas?
Será que vem do jardim da casa da vizinha?
Ou será da janela aberta que traz a luz do dia?
Ou melhor, do quintal da minha tia?
Pensando bem, hoje as borboletas vieram de dentro de mim! Acordei com um friozinho na barriga desejando brincar e aproveitar o lindo dia no jardim da vizinha e no quintal da minha tia!

* Sugestão do meu amigo Renan!


A Princesa das Folhas Secas


Existe uma princesa para cada estação do ano. A princesa do outono é a Princesa das FOLHAS SECAS. Ela gosta de passear durante o dia para sentir o sol bem forte no rosto. O sol quente, amarelo e laranja deixa suas bochechas vermelhas como as ameixas da estação. No finalzinho da tarde ela se encolhe no meio das folhas para aquecer os pés que sempre estão gelados.

É época de folhas secas no chão, é tempo das árvores trocarem suas folhas para se prepararem para a primavera.

Toda a vez que a Princesa varre as folhas que estão no quintal escuta com atenção o som que as folhas secas fazem quando seus pés passam por elas. A princesa não tem dúvida! É som de biscoito crocante, comido escondido antes do jantar!

terça-feira, 23 de junho de 2009

Pedrinho e a Roda-gigante


Pedrinho quase caiu de costa no chão quando viu aquela roda-gigante girando em sua direção.

Ficou de boca aberta, nunca tinha visto uma roda como aquelas! Ela era colorida e brilhante! Em cada banquinho da roda tinha uma caixa de som que tocava uma música linda que invadia todo o parque. Não tinha como não perceber aquela maravilha! Pedrinho tinha certeza, aquela roda-gigante era mágica!

Pedrinho já tinha visto algumas rodas-gigantes por aí, mas essa era especial. Ele ficou a tarde toda sentado num banquinho de frente pra roda-gigante e nem sentiu o tempo passar.

A noite Pedrinho tomou coragem e foi dar uma volta na roda mágica. Ele sentou num banquinho de madeira todo coberto por algodão branquinho. Pedrinho por um instante sentiu-se numa pequena nuvem e como num passe de mágica começou a ver do alto toda a cidade girar em sua volta.

As luzes da roda-gigante se confundiam com as estrelas que piscavam no céu. Pedrinho prestou atenção em cada piscada de estrela, mas já era tarde, conforme contava estrelas ele ficava cada vez com mais sono. Pedrinho foi dormir e em seus sonhos continuo girando e contando de perto as estrelas que piscavam no céu.

terça-feira, 9 de junho de 2009

O telescópio da menina-passarinho

O sonho do menino sempre foi ver a lua bem de pertinho.
O sonho da menina era: DAR A LUA DE PRESENTE PARA O MENINO.
A menina tinha todo o plano no papel! Tinha que ser numa noite de lua cheia e muito brilhante no céu.

O menino morava numa casa do outro lado da rua, a menina vivia num galho de árvore para poder espiar o menino brincar.
O menino não se importava em ser espiado pela menina-passarinho e a menina só queria voar pra levar o menino perto da lua.

A menina pensou durante muitos dias sobre o seu plano de levar o menino pra lua. Pensou, pensou, pensou tanto que a sua cabeça começou a sair fumaça que nem uma chaminé de trem. Foi então que teve uma grande idéia!

A menina-passarinho pensou em fazer um grande telescópio para espiar a grande lua.
A menina deixou de espiar o menino para espiar a lua, o menino deixou de brincar sozinho para brincar com a menina.

Juntos aprenderam a reconhecer todas as fases da lua, desde então nunca perderam nenhuma lua cheia e brilhante pelo telescópio da menina-passarinho.


***Para o menino do meu coração.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

A beleza dos mosquitos


A menina equilibrista


A princesa das Folhas Secas

Nuvem no varal


Instruções para lavar nuvem:

Não deixe de molho

Lavar a mão (nunca lave a máquina),

Não usar produtos químicos, solventes e/ou alvejantes (somente amaciantes)

Usar sabão neutro (evite inclusive sabão de coco)

Não torcer e/ou centrifugar (esprema somente)

terça-feira, 28 de abril de 2009

Hoje o céu tá com goteira!


O céu com goteiras
A nuvem cheia

O branco virou cinza
Fechou o tempo, é dia ainda!

A chuva lava o carro
A chuva dá banho nos pássaros

Uma gota, duas gotas, três gotas...
Quando chega o toró perco a conta de quantas gotas já cairam do céu

Pinga, cai e faz piruetas lá em cima
Em dias de sol a chuva chega para colorir o dia

Escorre o pingo no meu guarda-chuva Pink!
Se a chuva chega com o TROVÃO, eu saio de raspão!

Molha, alaga e enche os rios.
Se a sua casa tem goteira, não a confunda com a torneira!

segunda-feira, 30 de março de 2009

Luvas de Nuvens



Abri os olhos logo cedo e vi: duas almofadinhas brancas ajeitadas nas minhas mãos.
Achei estranho, mas não liguei para elas, queria mesmo era me espreguiçar e coçar meus olhos bem rapidinho pra tirar o sono de cima de mim.
Comecei a coçar sem parar como fazia todas as manhãs, mas naquele dia, diferente de todos os outros, não estava com os olhos vermelhos e inchados de quem acabou de despertar de uma sonequinha!
Para minha surpresa aquelas almofadas eram duas LUVAS brotinhos de nuvens. Sem eu perceber, durante a noite, alguém que não gosta de me ver coçando os olhos daquele jeito colocou duas luvinhas de nuvem nas minhas mãos, para que eu não me machucasse no meu COÇA-COÇA matinal. Aquelas nuvenzinhas tão fofinhas me fizeram coceguinhas nos olhos e nas bochechas. Comecei a gargalhar e num pulo só calcei minhas pantufas de nuvem-brotinho e saí pulando pela casa. Senti um friozinho na barriga, será que eu podia finalmente voar?

terça-feira, 3 de março de 2009

O pé e a mão


O pé é a mão que anda no chão.

Para o Palhaço a mão sempre quer andar e o pé sempre quer aplaudir.

A mão xereta quer abrir, fechar e tocar tudo para conhecer o mundo.

O palhaço esperto conta histórias com as mãos e aperta o nariz vermelho toda vez que fica feliz.

A criança levada põe o dedo no nariz , esconde a meléca e diz que foi o irmão.

Os pés convidam as mãos para conhecer o mundo.

A mão quando toca o pé percebe como eles são parecidos!

Agora eu só preciso encontrar minhas LUVAS de nuvens para acompanhar minhas PANTUFAS nessa longa viagem.


[cont. luvas de nuvens]

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

A pequena Maria



A pequena Maria andava pela cozinha bem distraída.
Zummmmmmm zummmm zummmmmmmmmmmmm
Acorda Maria!!!
Não deu mais tempo... a pequena Maria gritou sem jeito.
Todos da casa saíram correndo com os olhos arregalados.
Maria estava no chão com o pé do tamanho de um melão.
Aí, aí, aí...
A pequena Maria distraída não viu o ferrão
Pisou na abelha e deu um gritão!
- Ah!!!!!!


(Para Maria, com muito carinho!)

Desenho: Maria e Pantufas.

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Gente Curiosa


O que tem dentro da gente?
Coração, osso e pulmão.
Sangue e circulação. O ar que entra o ar que sai.
O que tem fora da gente?
Pessoas como a gente, que toca a pele e ri sem parar.
Respira fundo e fecha os olhos que hoje eu quero ver a casa daqui de dentro.
O corpo é casa e também jardim.
O corpo fora e o corpo dentro, os curiosos que fiquem atentos!
Cada piscada uma novidade, cada mordida um sabor diferente.
Pisca, pisca dentro e fora.
Bate forte coração contente, ansioso pra amar mais gente.
Cada dia um pedacinho diferente, hoje eu aprendi sobre os ísquios:
- Dois ossinhos do bumbum que sustenta a gente.
Amanhã a história será diferente! Coloco os pés na cabeça e a mãos nos pés
Brinco com o meu corpo como eu quiser!

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Hoje e amanhã


Hoje eu queria escrever uma poesia assim:
bonita e simples.
Hoje eu quero ser simples e criar bonito.
Amanhã penso na vida
Hoje penso na partida
Agora eu quero ser uma margarida pequenina
Amanhã um cravo espremido sorrindo.
Hoje eu quero ser o vento e o tempo
Amanhã, só amanhã eu penso.

Aeromoça


Sempre sonhei em ser aeromoça. Pensar que aquelas moças elegantes vivem viajando entre as nuvens me faz acreditar que os meus sonhos não são tão malucos e que ainda tenho chances de voar.
Elas dançam no céu, entre nuvens, chuva e trovoadas. Quem nunca quis aprender a dançar como elas? Seus movimentos, de poucas palavras, indicam a saída e a entrada, sempre muito atentas nunca esquecem de nada, nem da água e nem da sua mala. Moças gentis como essas só se encontra no céu. Eu queria ser aeromoça para dançar entre as nuvens e nunca esquecer de ser gentil, eu queria ser aeromoça para nunca mais ter que explicar porque estou sempre viajando e rodopiando por aí.

Instruções para calçar nuvens I


Não adianta se apressar!
Essa tarefa exige muita concentração e imaginação.
Para calçar nuvens é necessário escolher dois brotinhos-nuvem do seu tamanho.
Não pode ser maior nem menor, a nuvem tem que ser do tamanho perfeito para você.
O momento ideal para colher nuvens é de manhã bem cedinho.
Assim que a nuvem dos sonhos sair de cima dos seus olhos é a hora de abrir a janela para colher nuvens fresquinhas!
Cuidadosamente, com as pontas dos dedos, você puxa dois brotinhos-nuvem para dentro de casa, se estiver no jardim melhor ainda! Lugares arejados são os lugares preferidos das nuvens.
Assim que você estiver preparado, abra um buraco em cada nuvem. Não precisa ser muito grande, como a nuvem é fofinha ela da um jeitinho para abraçar gostoso todo o contorno do seu pé. Mas atenção!!! Caso você esteja com o pé sujo ou com chulé, pode esquecer de calçar as nuvens. Branquinhas e limpinhas como elas são, não gostam de receber um sujão! Mas se você estiver com o pé limpinho e cheiroso aproveite! Calçar nuvens é uma tarefa para pessoas que estão dispostas a caminhar entre os sonhos de olhos abertos, desejando sempre tirar os pés do chão.

Bonequinha de TóKio


Passa passarelando o passado
Da onde vem ninguém tem.
Escorrega no asfalto do tempo.
Coragem! Desliza nos cílios postiços.

Canta bolero em Berlim.
Da onde vem se fala japonês.
Disfarça a graça e dança outra vez!
Musicando as palavras a voz vem pra quem tem.

Pisca sobre as luzes de neon
Da onde está, já foi Rolling Stone
Corta os cabelos e vira o saquê
ToK, toK, bonequinha de TóKio,
canta mais uma vez!

(Para a minha amiga July Buly)

A Menina Monocromática



Um dia, como outro qualquer, a menina viu as cores das coisas escorrerem para o chão.

Quando se viu no espelho era pura desilusão.

A onde foi parar todas aquelas cores?

Não conformada saiu pulando para lá e para cá achando que as cores subiriam de volta pela planta do pé.

Pulou, pulou o dia inteiro. Cansada encostou no pôr-do-sol preto e branco e começou a chorar para todos os lados. Foi tanto choro que a cor que tinha ido para o chão começou a subir como uma onda do mar. A menina que sabia nadar nadou entre as cores da água. O amarelo do sol voltou e deixou quente a água até evaporar. Com os pés de laranja firmes no chão a menina pulou, pulou de alegria, queria vibrar todas as cores na mesma sintonia.